A coroa do Morredor de 2008 já tem dono?

A somente 3 etapas do fim do CAM a pergunta que nos perseguiu durante o ano todo começa a se fortalecer: Márcio Chaves novamente será coroado como o Morredor do ano? Em 2006, com todos inexperientes e a decisão sendo tomada em uma bateria única, Márcio acabou levando o título. Em 2007, sem ter corrido os amistosos da pré-temporada, Márcio começou o ano mal, sendo o último de sua bateria na 1a etapa, abandonando a prova completando menos de 25% das voltas. Logo depois por problemas pessoais teve que abandonar o CAM.

Nesse ano Márcio novamente retornou, mas sua situação já começou muito difícil. Tendo corrido somente 2 etapas desde que o CAM passou a ser disputado nos karts, enquanto a grande maioria já tinha disputado os CAMs anteriores e participaram dos amistosos no início do ano, ele teve muita dificuldade para pegar o ritmo. Largou em 3o na 1a etapa, mas logo na 1a curva se envolveu em um incidente e acabou ficando prá trás. Terminou em último.

De lá prá cá Márcio vem melhorando, mas não consegue acompanhar a evolução dos outros. Sua melhor volta na 1a etapa foi 53.03s. Na 2a etapa ele já conseguiu melhorar para 50.80s, e nas etapas seguintes estacionou na casa dos 51s. Aliás, seu melhor desempenho foi na 2a etapa, terminando em 7o. Chegando atrás, ele vem sempre largando na frente por conta do grid invertido, mas não consegue se manter na frente e acaba sempre caindo para as últimas posições.

Rodrigo, atual Morredor e considerado seu concorrente direto ao título vem evoluindo bem mais. Também começou a 1a etapa mal, chegando em penúltimo e com um tempo pior que o de Márcio (53.40s), mas vem treinando, participando dos amistosos e evoluindo bem mais com o tempo. Vem fazendo voltas em 49s em quase todas as etapas e vem se especializando na defesa de sua posição. Tanto que na 4a etapa, quando estava com um kart ruim e não conseguiu baixar de 51s, mesmo assim manteve o 3o lugar até as últimas voltas, foi ultrapassado e chegou em 4o.

Barros e Vanduy já chegaram em último lugar, e mesmo Rodrigo também chega nas últimas posições, mas com o treino eles conseguem aproveitar a vantagem de largar na frente e se recuperam de resultados ruins se mantendo na frente ou caindo poucas posições na etapa seguinte. Já Márcio não consegue se manter na frente... logo nas primeiras voltas começa a perder posições e não consegue recuperá-las. Em 2008 foi quem mais perdeu posições somando 30 posições perdidas nas 5 etapas do CAM que disputou.

Agora vem a pergunta: O que está ocasionando essa performance ruim? Poucas baterias disputadas? É bem verdade que Márcio entrou no CAM deste ano com somente 1 bateria de 2006 e 7 voltas de 2007 no seu currículo. Pode ser um dos fatores, mas não acho que seja essa a razão. A grande maioria dos amistosos são divulgados, todos são convocados, e além disso vários treinos são marcados. OComplicador Rafael, que está lutando para se firmar como um Morredor, entrou esse ano sem nunca ter corrido, também não participou de nenhum amistoso ou treino, tem uma etapa a menos e está 6 pontos a frente...

Eu acho que para alguns (não só para o Márcio) falta é interesse. Não entendam isso como uma crítica, pois não é! Todos tem vontade de ser o campeão e poucos se acomodam com o fato de se tornarem o Morredor, e sei que cada um tem suas prioridades, seus problemas, sua vida a resolver. Uns tem o seu lazer, e correm de kart como mera diversão. Outros tem o kart como o seu lazer, sua válvula de escape. Para uns, basta correr, se a vitória vier, ótimo, senão vale a diversão. Mas no caso específico do Márcio parece que ele já se acomodou com a posição de Morredor. Acho que se outros estivessem no lugar dele, quando começassem a perder contato na pontuação, já se interessariam em treinar, se aperfeiçoar, corrigir erros, etc, para se tornar mais competitivo e pelo menos se livrar da posição de Morredor.

Mas o Márcio cada vez mais vai ficando prá trás e acaba não fazendo nada prá mudar essa situação. É o último do CAM desde a 1a etapa, se livrou na 2a empatando nos pontos com Rodrigo mas passando nos critérios de desempate, voltou a última posição na 3a etapa, 2 pontos atrás do penúltimo mas na 4a etapa caiu para 7 pts atrás... Na 5a etapa teve a chance de se recuperar com a ausência de Rafael, mas só conseguiu somar 2 pts e está 6 pts atrás do penúltimo. Sua situação já está complicada, pois além de se manter na frente ele terá que torcer por tropeços de seus concorrentes mais próximos. Mas sem treinar, vai ficar difícil...

Uma pena, pois por vários anos a disputa para escapar de ser o Morredor foi mais emocionante até do que a disputa pelo título. Ano passado, por conta de seu problema de saúde, Rodrigo também acabou perdendo contato e não teve como lutar prá se livrar... abandonou a penúltima etapa e nem correu a última... Nesse ano, se Márcio não tiver uma mudança de atitude e tentar lutar para se livrar desse posto, treinando, se interessando, traçando uma estratégia para o fim do CAM, mais uma vez o título será decidido de forma antecipada. Mas da mesma forma se o Márcio se interessar e mudar sua postura, se ele conseguir se livrar e passar o bastão para outro, ele vai acabar tendo mais destaque do que o campeão pois sua situação é difícil nesse momento. Mas a gente sabe que tudo pode acontecer numa prova... um kart ruim, um incidente, tudo pode influenciar, mas o primeiro passo é uma mudança de atitude! É ter vontade e correr atrás... se esforçar e conseguir o sucesso!

Torço para que ele se recupere, e para que a disputa pelo título de Morredor ainda traga muitas emoções! É provável que sábado tenhamos um amistoso, e essa era uma grande oportunidade do Márcio sentar com a galera, pegar umas dicas, até treinar e tentar aprimorar o traçado (tanto ofensivo quanto defensivo)...

A oportunidade ainda está aí! Vamos ver se ele corre atrás...

Treinos a mil.

Pela segunda sexta seguida eu e o Rodrigo nos reunimos para treinar para a 6a etapa. E apesar de no 1o treino não termos conseguido aproveitar muito, nesse tivemos a meu ver uma proveitosa noite, novamente cheia de situações e que reafirmou a importância de conseguir se adaptar com o kart, mesmo que ele não esteja tão bom. Da primeira vez só tomamos tempo e não conseguimos fazer voltas boas, mas dessa vez corremos duas baterias e de quebra prá fechar a noite ainda fiz uma tomada de tempo e consegui finalmente baixar meu tempo para a casa dos 47s, tanto no circuito normal quanto no invertido, depois de conseguir pegar um kart excepcional. Bom, foi assim que tudo aconteceu:

A gente novamente chegou cedo e ficamos conversando por um bom tempo. Esperávamos uma bateria para podermos entrar e disputar uma corrida, e não só tomar tempo novamente. Mas a primeira bateria que houve depois que o Rodrigo chegou estava lotada (13 pessoas correram!!!) e a seguinte foi com crianças. Ainda esperamos um bom tempo até que uma turma chegou, mas também estavam lotados... Só que quando já estavam alinhados no grid esperando os últimos colegas chegarem, estes acabaram cancelando e conseguimos encaixar na bateria. Na realidade eles iam correr duas baterias. A primeira com o grid formado pela classificação invertida da tomada de tempo e com 8 voltas, e a segunda re-sorteando os karts, invertendo a ordem de chegada da 1a bateria e com 16 voltas, ambas no circuito normal.

Como eles já estavam alinhados pegamos dois karts que estavam sobrando nos boxes e partimos prá tomada de tempo... Muita gente se enrolou logo na 1a volta do reconhecimento e eu consegui sair lá de trás para iniciar a volta rápida sem ser atrapalhado. Consegui marcar o melhor tempo da tomada de tempo com 5o.01s. Rodrigo ficou com o 6o tempo da tomada, com 52.28s, mas o fiscal o classificou em 5o. Consequentemente largamos eu em 10o e ele em 6o. Não larguei muito bem e continuei atrás, mas já no U fui ultrapassando a galera e subindo posições... No miolo ganhei mais uma posição e por fim no mergulho ultrapassei mais um e já completei a 1a volta em 6o. Na 2a volta consegui chegar a 4o, e quando o 3o derrapou na florestinha, eu emparelhei por fora. Não daria prá passar no mergulho, mas qdo o cara me viu simplesmente jogou o kart dele por cima do meu e me jogou nos pneus. Fiquei preso e caí novamente prá último, perdendo o contato com o pelotão. A partir daí fiz uma corrida de recuperação, e nas 6 voltas que restavam consegui ainda chegar até o 6o lugar, cravando o 3o melhor tempo (50.04s). O Rodrigo defendeu muito bem sua posição, e apesar de ter ficado com o 8o tempo da prova (51.24s) terminou em 3o.

Sorteamos novamente os karts e a galera resolveu tomar tempo e correr 14 voltas. No segundo sorteio peguei um kart muito ruim, sem retomada e completamente desalinhado (na reta ele puxava para a esquerda), e na tomada de tempo só consegui marcar o 8o tempo com 52.68s, enquanto o Rodrigo marcou o 7o (52.55s). No alinhamento passei direto para trocar de kart nos boxes, e depois me dirigi para o 3o lugar (grid invertido) com o Rodrigo em 4o.

Na largada, o 1o largou mal e qdo o 2o começou a ultrapassar, ele puxou prá fora para fechar prá ele, só que abriu espaço prá mim... eu consegui encaixar o kart e fui auxiliado pelo kart 1 que bateu na minha traseira me impulsionando para emparelhar com o 2o... Daí, por dentro, foi só contornar o U e já estava na liderança. O kart 1 acompanhou e ainda pressionou, mas deixei o lado de fora na entrada do miolo, saí do miolo tracionado e ele não conseguiu atacar na florestinha e no mergulho... Ainda fiz até o miolo na 2a volta defensivamente, mas logo que abri um pequeno espaço voltei a fazer o traçado normal e com voltas mais rápidas fui aumentando a diferença.

Com uma distância confortável para o kart 1 vi que o Rodrigo vinha em 3o mais lento e segurando muita gente atrás dele. O kart 14 ainda conseguiu ultrapassá-lo, mas ele manteve a 4a posição até o fim da prova, marcando o 8o tempo (51.15s). Conseguindo aumentar a distância aos poucos, fiquei acompanhando a evolução do kart 1 e do kart 14, que vinha se aproximando. Ele ultrapassou o kart 1 e notei que ele se aproximava de mim. A impressão era que ele era muito mais rápido nas retas e trechos de alta. Quando eu terminava de contornar o U ele já vinha passando o 1o poste. Eu tentava fazer as curvas da forma mais limpa e ele não conseguia se aproximar muito. Eu fazia o miolo rapido, mas com cuidado, e quando fazia a florestinha ele estava passando no início da parabólica, isto é, ele se aproximava no U mas perdia tempo no miolo... e assim eu consegui administrar até o fim da prova, chegando a 4s na frente dele e 26s na frente do 3o (kart 1). O kart 14 provou estar mais rápido cravando a melhor volta com 48.74s contra 49.37s da minha volta, que foi a 2a melhor.

Como no fim das contas eu acabei não treinando no circuito invertido, resolvi correr uma tomada de tempo (nessa o Rodrigo não quis ir). Peguei o kart 14 para ver se o cara realmente era melhor que eu ou se era mais rápido pelo kart. E MINHA NOSSA!!! O kart estava VOANDO!!! Logo na 1a volta no mergulho eu quase passo direto e fico nos pneus! O kart retomava e subia de giro muito rápido, mas os pneus dianteiros estavam gastos. Fui ajustando os pontos de freada e tangência e em 10 voltas consegui marcar o tempo de 47.51s, novo recorde oficial dos Morredores no traçado invertido. O recorde anterior era 48.13s de Edilson. Eu já tinha marcado 48.11s num treino, mas não haviam mais Morredores presentes então o tempo não valeu como recorde. Dessa vez, apesar de o Rodrigo não ter treinado, ele estava presente e testemunhou o tempo.

Como o kart estava voando, resolvi gastar as 7 últimas voltas no traçado normal para ver se eu conseguia baixar o tempo do cara na bateria anterior. Consegui fazer 47.79s, o 2o melhor tempo dos Morredores no traçado normal (Edilson ainda detém esse recorde com 47.49s) mas no fim os pneus do kart já pareciam estar no fim e nas duas últimas voltas não consegui melhorar o tempo, voltei para a casa dos 48s com o kart saindo muito de frente, principalmente no miolo.

No fim valeu. Finalmente baixei dos 47s!!! Fora isso fui bem nas duas baterias, e só não tive um resultado melhor na 1a por ter sido jogado nos pneus (mas valeu a corrida de recuperação). Na 2a bateria o que valeu mais não foi a vitória, mas o fato de ter defendido a posição nas 2 primeiras voltas, e conseguido administrar a aproximação do kart mais rápido até o fim da prova. Se ele chegasse eu ainda defenderia novamente a posição, mas nem precisei. E apesar de não ser oficial, foi a 2a vitória do ano (conta só para os meus arquivos).

Agora temos mais um final de semana e no outro já é a 6a etapa. Há rumores que faremos nosso amistoso oficial nesse final de semana, e eu espero que se concretize. Ainda pretendo treinar antes da etapa pois largo em 4o e tenho que aproveitar a minha melhor posição no grid para tentar alcançar os 1os lugares ainda no início da bateria e abrir vantagem para os favoritos. Ainda é muito difícil vencer, mas acho q essa é uma das maiores chances que tive até agora nesse ano. Posso tentar me aproximar dos líderes e ainda ter possibilidades matemáticas de título. Ou seja, essa corrida é decisiva.

Então vamos nós. A temporada está na reta final!!!

:-D

O tabú foi quebrado na 5a etapa.

Depois de muita espectativa, finalmente chegamos a 5a etapa e damos início a reta final do campeonato. Agora que a sorte começa a fazer menos diferença que o talento, e os reais favoritos passam a se destacar. Largando na pole temos Fábio Barros, que durante o CAM vem revezando entre pódiuns e últimos lugares, e por isso ficou prá trás na tabela. Em segundo Gleyve, que começou com 5os e 6os lugares, mas caiu um pouco de rendimento nas últimas etapas. Em 3o Márcio, que não está conseguindo se achar e se encontra em último na tabela, bem atrás do pelotão intermediário. Em 4o, Edilson, favorito a conquista dessa etapa, que vem lutando para reassumir a liderança do CAM. Em 5o, Rafael, OComplicador, que está a 8 pts de se efetivar como um Morredor. Em 6o Fábio Vieira, que luta diretamente pelo CAM com Edilson. Em 7o Rodrigo, Morredor de 2007 que vem melhorando muito sua pilotagem nas últimas baterias. Em 8o Helder, atual líder do CAM que vem se valendo da regularidade e da sorte para se manter entre os 1os, em 9o Vanduy, que também reveza entre bons resultados, resultados intermediários e últimos lugares e em 10o Eduardo, que vem de uma vitória que reafirmou sua condição de favorito ao título, apesar de estar em 4o no CAM.

Infelizmente Rafael não pode comparecer, deixando seu lugar vago no grid. Logo na largada Barros mantém a liderança enquanto Márcio e Edilson passam Gleyve. Helder consegue ultrapassar Rodrigo na largada e ocupa o espaço deixado por Rafael, pulando para a 5a posição. Na parabólica Edilson ultrapassa Márcio e assuem a 2a posição, e ao fim da 1a volta Vieira vem em 6o, Vanduy em 7o, Eduardo em 8o e Rodrigo cai para 9o. Na 2a volta Gleyve derrapa no U e Helder que vinha colado acaba sendo prejudicado. Vanduy e Vieira tiram vantagem e conseguem a ultrapassagem, e na mesma volta, no mergulho, Vieira ataca e toma de Vanduy a 4a posição. Na volta seguinte Edilson assume a liderança e começa a voar baixo com pista livre a frente.

Na 4a volta Vieira chega a 3o ultrapassando Márcio. Lá atrás, Rodrigo com problemas no kart para nos boxes e rapidamente o troca, conseguindo sair na mesma volta um pouco antes de Edilson. Na volta seguinte novamente Gleyve derrapa na saída do U, destraciona e é ultrapassado por Helder e Eduardo. Logo depois Vanduy tem problemas e cai prá penúltimo, e Eduardo consegue ultrapassar Helder. Na 7a volta Eduardo já está a frente de Márcio, que roda na entrada do U e Heledr não consegue evitar uma batida forte. Ele ainda permanece na pista, mas é ultrapassado por Vanduy e depois não consegue mais acompanhá-lo. Duas voltas depois Vieira assume a 2a posição, mas Edilson já está bem à frente e continua abrindo vantagem. Eduardo vai aos poucos se aproximando de Barros, mas não consegue alcançá-lo até o fim da prova. A partir daí as posições não se alteram mais até o final da prova, com a exceção de Rodrigo que depois de trocar o kart na 4a volta, fica bem mais rápido, aos poucos vai se aproximando de Márcio e o ultrapassa na sua 13a volta (1 volta atrás do líder), conquistando o 8o lugar.

No fim Edilson domina a prova e vence, 20s a frente de Vieira, em segundo. Barros consegue se manter em 3o cerca de 12s atrás, enquanto Eduardo, depois de estar 11s atrás, chega só a 4s em 4o. Vanduy, 6s atrás cruza em 5o e Helder, 8s atrás chega em 6o. Com 1 volta atras chegam Gleyve em 7o, Rodrigo em 8o e Márcio em 9o. No campeonato, Edilson retorna a liderança com 42 pts. Vieira se mantém colado na briga em 2o, com 1 pt atrás. Helder perde a liderança e perde um pouco o contato, com 38 pts. Eduardo continua em 4o mas cola no 3o lugar com 36 pts. Barros sobre 3 posições e chega ao 5o lugar com 25 pts. Vanduy permanece em 6o com 24 pts, e Gleyve cai 2 posições e vai para 7o com 23 pts. Rodrigo sobe 1 posição para 8o, com 20 pts. Rafael, mantendo seus 18 pts cai para 9o, e Márcio permanece em 10o com 12 pts, se aproximando 3 pts do 9o e tentando escapar do título de Morredor.

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RESULTADO FINAL

1o. Edilson Carneiro (4o)
2o. Fábio Vieira (6o)
3o. Fábio Barros (1o)
4o. Eduardo Carneiro (10o)
5o. Vanduy Queiroz (9o)
6o. Helder Muller (8o)
7o. Gleyve Páscoa (2o)
8o. Rodrigo Monteiro (7o)
9o. Márcio Chaves (3o)

CAMPEONATO

1o. [+2] Edilson Carneiro (42)
2o. [==] Fábio Vieira (41)
3o. [-2] Helder Muller (38)
4o. [==] Eduardo Carneiro (36)
5o. [+3] Fábio Barros (25)
6o. [==] Vanduy Queiroz (24)
7o. [-2] Gleyve Páscoa (23)
8o. [+1] Rodrigo Monteiro (20)
9o. [-2] Rafael Benevides (18)
10o. [==] Márcio Chaves (12)

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DESTAQUES

Nessa prova não houve muita surpresa, e sendo assim os destaques dessa etapa são óbvios: Os 4 primeiros. Edilson largou em 4o, partiu prá cima com o objetivo de vencer e recuperar a liderança do CAM, e cumpriu seu objetivo. Dominou a corrida e não deu chance prá ninguém. Vieira largou mal, na intermediária, caiu prás últimas posições mas foi se recuperando, muito bem, disputando e fazendo lindas ultrapassagens conseguiu conquistar o 2o lugar. Fábio Barros novamente largou na frente e conseguiu se sustentar nas 1as posições, conquistando seu lugar no pódium. E Eduardo, que saiu de último, perdeu um bom tempo com a briga dos mais lentos a sua frente, mas conseguiu passar limpo por eles e como Vieira foi no braço conquistando seu lugar mais a frente. Pena que não teve tempo prá brigar pelo pódium.

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MINHA CORRIDA

Quem acompanha o decorrer do nosso CAM através do meu blog sabe que nas 4 primeiras corridas todos os favoritos ao título tinham sofrido problemas nas etapas, enquanto eu consegui me manter limpo nas corridas, estive sempre no pódium e acabei herdando a liderança do CAM. Mas nessa 5a etapa, como eu até já havia postado, com Edilson e Vieira largando mais a frente e Eduardo empolgado e novamente no páreo depois da vitória, ficaria muito dificil repetir o bom resultado sem contar com os problemas dos outros (coisa que sinceramente eu não gosto de fazer)

Mas na 5a etapa o tabú foi quebrado e eu tive vários problemas durante a prova. Prá começar, o kart não estava muito bom. Os karts foram sorteados antes da prova, e logo que os mecânicos alinharam meu kart no grid, já disseram que aquele estava andando bem. Até trouxeram outro kart prá trocar, mas um mecânico lá de dentro disse que esse que trouxeram estava pior, então voltaram o kart anterior. Na volta de apresentação eu notei que o kart saia um pouco de frente, mas não deu prá detectar problemas maiores, e acabei correndo com aquele kart mesmo.

Na largada, partindo em 8o, consegui pular para 5o, ultrapassando o Rodrigo (7o), e o Vieira (60) me posicionando por dentro no espaço que o Rafael tinha deixado (ele não pode comparecer). Ainda consegui ver Edilson pulando prá 2a posição, mas fui perdendo contato tentando ultrapassar Gleyve e Márcio. Nem adianta dar muitos detalhes não (mesmo pq tb não quero nem lembrar), durante boa parte da corrida disputei com Gleyve, Márcio e Vanduy, enquanto Vieira se aproveitou, passou e abriu distância, e logo depois Eduardo fez o mesmo.

Durante a corrida ocorreram também alguns incidentes. Em um deles, o Vanduy escapou na saída da florestinha, perdeu tempo e eu tentei me posicionar por fora para fazer melhor a tomada do mergulho. Só que ele puxou com tudo prá esquerda e me jogou nos pneus. Em outra situação, o Márcio rodou na entrada do U e eu acabei acertando o kart dele em cheio. Consegui controlar o meu kart mas fiquei com a impressão dele ter ficado pior. Depois disso não consegui mais acompanhar o Vanduy, ele abriu distância e eu tinha dificuldade em fazer as curvas (a florestinha eu fazia rabeando).

Mas no fim deu prá controlar a aproximação do Gleyve, e depois que perdi contato com o Vanduy mesmo com o kart ruim consegui assegurar meu 6o lugar, e 5 pontinhos que me mantiveram em 3o no campeonato, a 4 pts do novo líder Edilson e 2 pts a frente de Eduardo. Na hora que desci do kart não tinha idéia desses resultados, mas agora de cabeça fria foi até bom. Agora realmente o campeonato está começando a tomar forma e os melhores estão começando a se destacar, sem que um "intruso sortudo" estivesse na liderança (heheheheheheh).

Continuo na luta para chegar no nível de pilotagem dos favoritos, mas pelo menos ainda tenho chances matemáticas e posso sonhar com um título. Ainda posso treinar e quem sabe consigo ainda evoluir em mais algum ponto (ou perder 20 kg em 1 mês) prá me tornar mais competitivo e com chances reais de título. Bola prá frente pois a próxima etapa será no traçado invertido.

5a etapa no próximo domingo.

Próximo domingo, dia 14 de Setembro será realizada a 5a etapa do CAM, marcada para as 16:00. Num campeonato super disputado que chegou a sua metade, 4 pilotos disputam ponto a ponto a liderança, 5 pilotos disputam a intermediária tentando chegar nos líderes e 1 piloto tenta se livrar de ser o Morredor.

Liderando o CAM está Helder Muller, com 33 pts. Helder teve muita sorte na 1a metade do campeonato, foi o único dos líderes que não teve problemas ou se envolveu em acidentes que prejudicassem sua prova e por isso mesmo sendo o único que não venceu, esteve no pódium em todas as etapas até agora.e assumiu a liderança na 4a etapa. Sua vantagem é só de 1 pto e por isso é muito difícil manter a liderança após a 5a etapa, pois largará em 8o atrás de seus concorrentes diretos Vieira e Edilson, e terá que resistir aos ataques de Eduardo.

Em 2o vem Fábio Vieira, vice em 2006 e campeão de 2007, com 32 pts. Vieira liderava o CAM com folga depois de 2 vitórias seguidas nas 1as etapas, mas teve problemas nas 2 etapas seguintes caindo para a vice liderança. Tem grandes chances de reassumir a liderança nessa etapa na disputa direta com Edilson, pois larga em 6o. Vieira sempre foi muito competitivo, tanto que é pentacampeão do CAM e nunca foi menos que vice. Participa desde que o campeonato foi criado e sempre disputa o título (na maioria das vezes com Edilson). Esse ano promete que não será diferente.

Em 3o vem Edilson Carneiro, com 31 pts. Edilson teve problemas em quase todas as etapas até agora, exceto na 3a, que venceu. Mesmo assim sempre consegue se recuperar muito bem e é o piloto mais rápido em atividade. Tem tudo para vencer a 5a etapa e grandes chances de voltar a liderar o CAM dependendo do resultado de Vieira. Edilson foi campeão de 2006 ultrapassado Vieira nas voltas finais da bateria que valeu o título. Em 2007 reinou absoluto em seu grupo na 1a fase, mas teve problemas na fase final, caiu para 3o mas conseguiu na última prova recuperar o 2o lugar. Edilson e Vieira são os únicos campeões do CAM em atividade.

Em 4o vem Eduardo Carneiro, com 29 pts. Eduardo vinha fazendo um ótimo campeonato mas teve problemas na 3a etapa e acabou ficando a 7 pts do 3o colocado. Mesmo assim se recuperou, muito bem, venceu a 4a etapa e voltou ao páreo, reafirmando a sua condição de favorito ao título. Em 2006 não estreou muito bem na bateria única que valeu o CAM, mas em 2007 foi muito bem, liderou seu grupo na Fase Classificatória e chegou na última etapa do campeonato com grandes chances de ser campeão, mas acabou tendo problemas na etapa e perdeu tb o 2o lugar para Edilson.

Em 5o vem Gleyve Páscoa, dando início a disputa intermediária que tenta se aproximar dos líderes. Gleyve tem 19 pontos, 10 atrás de Eduardo. Vinha fazendo um campeonato regular até a 3a etapa, chegando sempre em 5o ou 6o, mas teve problemas na última etapa, chegou em penúltimo e apesar de não ter perdido posições no CAM, aumentou sua distância para os líderes. Corre bem e consegue ser rápido, mas comete alguns pequenos erros que prejudicam suas corridas. Até 2006 foi o "escapa-morredor", chegando sempre em penúltimo e por várias vezes disputando o título de Morredor até a última etapa. Em 2007 não chegou a disputar o título de Morredor, na última etapa ainda conseguiu quebrar o tabú e tomou de Barros o 6o lugar.

Em 6o vem Vanduy Queiroz com 18 pts. Vanduy não teve um bom início de campeonato, tendo um 6o lugar na 2a etapa como melhor resultado. Na 3a etapa teve problemas e foi o último, mas com o grid invertido soube tirar vantagem de largar na ponta e conseguiu um 2o lugar na 4a etapa. Se quiser se recuperar no CAM terá que ultrapassar muita gente nessa 5a etapa e tentar chegar nas 1as posições. Em 2007 foi bem regular nas duas fases do campeonato e conseguiu um 4o lugar, logo atrás dos líderes.

Em 7o vem também com 18 pts vem Rafael Benevides. Rafael estreia no CAM esse ano como OComplicador, com o objetivo de conseguir no mínimo 30% dos pontos possíveis, no caso 26 pts. Ele não tinha começado bem o campeonato mas foi evoluindo no decorrer das etapas. Já está sendo rápido e dando muito trabalho para ultrapassar, mesmo por quem vem mais rápido. Pode se efetivar como Morredor já na 5a etapa, bastando terminar em 3o lugar.

Em 8o vem Fábio Barros com 17 pts. Barros já começou o CAM correndo bem, dando trabalho desde a 1a etapa. Mas não conseguiu ser consistente, e na 1a metade do campeonato alternou bons resultados (como o 2o lugar da 3a etapa) com últimos lugares (foram 2, um na 2a etapa e outro na 4a). Novamente vai largar na frente e como na 2a etapa promete dar trabalho prá quem quiser ultrapassá-lo. É um dos grandes favoritos a vitória dessa etapa, provando que tem potencial para se recuperar e melhorar muito sua classificação no CAM. Em 2007 não conseguiu ir para o Grupo Campeão, e acabou perdendo na última etapa o 1o lugar do Grupo Morredor para Gleyve, terminando em 7o no CAM.

Em 9o vem Rodrigo Monteiro, também com 17 pts. Atual Morredor da turma, Rodrigo não começou bem o campeonato ficando nas últimas posições nas 2 primeiras etapas. Mas vem se dedicando e evoluindo, participando de treinos e amistosos e os resultados começam a aparecer. Foi 6o na 3a etapa e só perdeu a 3a posição na 4a etapa nas últimas voltas. Já conseguiu ser rápido em alguns momentos mas seu ponto forte com certeza está sendo o traçado defensivo. Está sendo muito consistente e está dando muito trabalho para ser ultrapassado, mesmo quando está mais lento. Estreiou ano passado e acabou sendo o Morredor por antecipação quando teve problemas de saúde na 1a etapa e ficou distante do restante do grupo. Nas etapas seguintes se desmotivou, abandonou a prova na penúltima etapa e nem correu na última.

E no momento o Morredor está sendo Márcio Chaves, em 10o com 10 pts. Márcio, começou o CAM inexperiente, mas vem aos poucos melhorando e passando a disputar mais. Apesar de estar correndo melhor, não está conseguindo manter as posições e nas 4 etapas terminou sempre nas últimas posições (seu melhor resultado foi um 7o na 2a etapa). Ainda disputa as posições nas primeiras voltas mas parece entregar os pontos antes do fim da prova e acaba perdendo posições. Não consegue participar de amistosos e treinos, e por isso está ficando para trás no CAM. Está a 7 pts da disputa intermediária, mas ainda tem condições de se recuperar caso se esforçe. Vale lembrar que na 3a etapa Eduardo estava a 7 pts do 3o lugar e conseguiu diminuir essa diferença para 2 pts. Estreiou em 2oo6 e acabou sendo Morredor na bateria única que definiu o CAM. Em 2007 correu somente a 1a etapa mas teve que abandonar o CAM por motivos pessoais. Retornou em 2008 somente com essas duas baterias de experiência.

Poizé, o CAM 2008 está disputadíssimo! Os 4 primeiros se encontram num intervalo de 5 pts. 10 pts atrás começa a briga intermediária, onde 5 pilotos se encontram num intervalo de 3 pts. 7 pts atrás vem tentando se recuperar o Morredor no momento. O grid invertido pode mudar tudo. Quem larga na frente se conseguir fazer uma corrida consistente pode ganhar muitos pontos e mudar toda sua situação no campeonato. Por outro lado quem quer disputar o título e está largando mais atrás tem que ser agressivo e tentar de toda forma ultrapassar para ganhar pontos. Cada ponto é importante onde as diferenças são de 1 pto ou as vezes até são definidas pelos critérios de desempate.

No próximo domingo começa a reta final do campeonato. Já chegamos até aqui e agora quem teve um bom início tem que lutar para manter os bons resultados, enquanto quem tenta se recuperar tem que lutar para crescer. O grid invertido pode mudar toda a situação do CAM. E por falar em grid, encerro com o Grid da próxima etapa:

1o. Fábio Barros _______________

_______________ 2o. Gleyve Páscoa

3o. Márcio Chaves _______________

_______________ 4o. Edilson Carneiro

5o. Rafael Benevides _______________

_______________ 6o. Fábio Vieira

7o. Rodrigo Monteiro _______________

_______________ 8o. Helder Muller

9o. Vanduy Queiroz _______________

_______________ 10o. Eduardo Carneiro

Domingo nos vemos lá!!! Um abração!

:-D

Voltando a realidade.

Poizé, depois da surreal noite de treino em que reinei absoluto no Guará, voltei a realidade de uma maneira até brusca demais. Sexta passada, dia 29 (me desculpem postar só agora, mas só agora consegui um tempinho) acabamos de última hora marcando um amistoso oficial. Começou por uma brincadeira, eu tentando convencer o Rodrigo de ir correr, e acabou que juntamos Eu, Rodrigo, Barros, Edilson, Eduardo e Vieira, tudo isso num intervalo de 1h no final do expediente, e acabamos correndo uma bateria.

Pena que a cronometragem não funcionou bem. Sentamos nos karts para sair para a tomada de tempo e já notamos a demora. Nos liberaram mas na volta de reconhecimento já mandaram parar. Desligaram os karts, mexeram, liberaram de novo, abortaram novamente. Enfim já estavamos quase sorteando o grid e correndo quando nos liberaram a última vez e conseguimos tomar tempo. Se bem que a meu ver o resultado da tomada de tempo não foi certo. Eu larguei atrá do Vieira, e percebi que ele estava andando mais rápido que eu, mas mesmo assim no resultado da tomada eu fiquei na frente dele. No fim o grid ficou Edilson, Helder, Vieira, Barros, Rodrigo e Eduardo.

Largamos então para as 15 voltas, e imediatamente Vieira e Barros me ultrapassaram, mas no U Barros tentou ultrapassar também Vieira e os dois acabaram se tocando, perdendo tempo, e eu voltei para a 2a posição. Logo notei que meu kart não desenvolvia como os que estavam atrás e tratei de tomar uma postura defensiva. Durante muitas voltas consegui resistir as investidas de Vieira, Barros e Eduardo, que se revezavam na 3a posição enquanto eu os segurava. Com isso Edilson voava baixo lá na frente e corria praticamente sozinho, abrindo cada vez mais.

Pela cronometragem não ter funcionado durante toda a prova (só temos tempos de algumas voltas) não dá prá dizer com certeza em qual a volta, mas estimo que tenha conseguido defender a 2a posição até entre a 8a e a 10a volta, quando Barros que realmente estava muito mais rápido que eu tentou me ultrapassar por fora no U. Eu vinha por dentro, fazendo o traçado defensivo e quando ele ainda estava lado a lado acabou tentando completar o U e bateu na minha lateral. Ele rodou, enquanto eu derrapei mas consegui controlar o kart, só que eu perdi tempo e o Vieira me passou e abriu.

Barros conseguiu novamente se recuperar, chegou e pressionou até passar por fora no início da parabólica, uma vez que meu kart piorava a cada volta, sem retomada nas curvas. Daí tirei o pé, deixei o Eduardo passar também (para que ele tentasse disputar com o Barros) mas ele acabou me deixando passar de volta. Só que naquele ponto eu já tinha desistido de defender a posição e ele me passou logo depois. Um pouco antes de receber a bandeirada resolvi testar se o acelerador não estava com problemas e descobri o porque da falta de retomada do kart. Realmente o acelerador estava travando, e com a mão eu conseguia destravar, quando aí sim ele desenvolvia. Mas já era tarde...

Na bandeirada Edilson venceu com muita folga, Vieira em 2o e Barros andando muito (as vezes até mais do que devia :-p ) em 3o. Eduardo terminou em 4o, Helder em 5o e Rodrigo, que teve muitos problemas mecânicos e teve que trocar de kart ficou em último. Novamente lamento pela cronometragem ter dado problemas porque na realidade a galera tava VOANDO BAIXO! Mesmo pegando poucas voltas de cada um, temos registro de 3 pilotos que quebraram a barreira dos 47s! Barros, com 47.81s, Edilson com 47.82s e Vieira com 47.88s. Eduardo não teve nenhuma volta registrada nos 47s, mas com certeza ele deve ter marcado alguma na casa dos 47s ou 48s pois estava disputando de igual prá igual com Vieira e Barros. No fim, sua melhor volta registrada foi 49.37s. Rodrigo teve sua melhor volta registrada em 50.17s e Helder em 51.96s.

Eh, foi uma dura volta a realidade, sendo o mais lento da pista e terminando em penúltimo. Com quase todos andando na casa dos 47s o resultado a meu ver não foi tão influenciado pelos problemas do kart não... é claro que eu teria disputado com eles e seria muito mais difícil me ultrapassar, mas não dava prá acompanhar essa galera dos 47s ainda não. Bem, como foi um amistoso de última hora, acredito que ainda devemos ter um amistoso oficial antes da etapa. Se não tivermos, espero que eu tenha esgotado minha cota de defeitos no kart antes da etapa, pois essa etapa será decisiva para ver quem se mantem na disputa e quem fica prá trás.

Pelo menos agora tô de volta à realidade...

:-p